Como muitos sabem, a construção do TGV virá a afectar Fradelos e a sua população, não só porque irá levar á demolição de casas, estradas e campos agrícolas.
Com esta construção não só virá a mudar a vida dos cidadãos mas também a freguesia para sempre, por isso é importante saber o impacto desta na vida de todos nós.
Com a passagem do TGV por Fradelos, a nossa pequena aldeia será ainda mais reduzida e talvez fragmentada em dois lados.
O TGV não terá só efeitos económicos, sim porque os terrenos envolventes ao TGV perderão em muito o seu valor económico e o nosso parque industrial poderá vir a ser afectado, mas também serão nível social porque muitas das pessoas que fazem vida nesta freguesia com a demolição das suas casas poderão mudar de freguesia.
Por isso antes de pensarmos em obras novas (a camara encontra-se altamente endividada e já vai no seu terceiro empréstimos em três anos segundo sei, mas isso ficará para outro post) é preciso defender os perigos que atacam a nossa freguesia.
Aqui deixo a seguinte noticia:
“Alta velocidade ameaça parque industrial de Fradelos
A Junta de Freguesia de Fradelos entende que a passagem da linha ferroviária de alta velocidade pelo território da freguesia inviabilizará grande parte do projecto de um parque industrial. O alerta da autarquia foi apresentado à Agência Portuguesa do Ambiente, no âmbito da consulta pública de avaliação de impacte ambiental do troço Braga-Valença da futura ligação ferroviária entre Porto e Vigo, um processo que hoje termina.
Numa exposição enviada àquela Agência, a junta de Fradelos protesta pelo facto de, pela terceira vez em menos de uma década, ‘o seu pequeno território ser atingido por uma expropriação destinada a uma via de comunicação’.
Os autarcas da freguesia onde se iniciará a construção do troço Braga-Valença questionam se será legal que, passados seis anos sobre a expropriação de terrenos para a duplicação do ramal ferroviário de Braga, se volte novamente ‘à carga com nova expropriação para o mesmo efeito’.
De entre os prejuízos que o projecto do comboio de alta velocidade representa para a freguesia de Fradelos, a junta aponta a intercessão da futura linha férrea com o acesso ao parque industrial, nos limites com a vizinha freguesia de Vimieiro.
‘A construção da nova linha irá inviabilizar grande parte deste projecto, e desta forma prejudicar o desenvolvimento económico da freguesia’, lê-se na exposição enviada pela autarquia á Agência Portuguesa do Ambiente.
João Martins, o presidente da Junta, adiantou ao ‘Correio do Minho’ que a zona industrial é constituída actualmente por oito pavilhões, estando agora condicionada a construção de mais doze.
‘Já não bastava o impacte negativo da construção da linha, ainda temos este grave impacte económico’, salienta João Martins.
Os autarcas de Fradelos lamentam também que não tenham sido, até ao momento, contempladas soluções para as vias de comunicação que serão afectadas pela ligação de alta velocidade.
Considerando a futura linha como ‘mais uma barreira’ numa freguesia que ‘já sofreu expropriações para obras públicas de grande envergadura’, a junta de Freguesia pede soluções para as vias que serão interceptadas em quatro locais pela passagem dos novos carris: Avenida do Ciclo e Rua Cipriana Serra; Rua da União, Avenida de S.Martinho e Rua das Lameiras; Avenida da Restauração de Fradelos; Rua das Pereirinhas e acesso ao parque industrial.
Com estas reservas ao estudo prévio do troço Braga-Valença da linha ferroviária de alta velocidade, a junta de Freguesia de Fradelos pede que ‘nenhum projecto seja adoptado ou concluído sem que haja uma verdadeira consulta (esclarecimento no terreno) junto das freguesias e respectivas populações afectadas’.
Concluído o período de dois meses da consulta pública no âmbito do procedimento de avaliação de impacte ambiental do troço Braga-Valença, a Agência Portuguesa do Ambiente vai analisar todas as reclamações que lhe chegaram por parte de particulares e instituições, emitindo até 26 de Março a declaração de impacte ambiental, favorável ou não ao projecto.
Separados pelos carris mas unidos nas reclamações.
O canal definido para a linha de alta velocidade não é aceite por muitos moradores das freguesias de Fradelos e Tadim cujas habitações serão demolidas ou muito condicionadas pela construção do troço entre Braga e Valença.
Um abaixo-assinado subscrito por seis dezenas de residentes das duas freguesias foi enviado à Agência Portuguesa do Ambiente a propor um novo desenho da futura linha, com menos impactes ao nível do parque habitacional.
Se o estudo prévio não sofrer alterações, seis habitações de Fradelos terão que ser demolidas e outras, em maior número, ficarão coladas á linha férrea.
Em Tadim, uma dúzia de fogos encontram-se também ameaçados pelo desenho da futura linha de alta velocidade.
No abaixo-assinado, os moradores reclamam pela consideração do direito à habitação e alegam que há possibilidade de levar a futura linha férrea por outros terrenos menos povoados.
Sem traçado alternativo José Carlos Queirós, um dos subscritores, contesta que a empresa RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade não tenha apresentado, nesta fase de consulta pública, um traçado alternativo para o atravessamento do concelho de Braga.
O abaixo-assinado é subscrito por residentes das ruas do Trigal, Agras e Nova do Trigal, na freguesia de Tadim; e da Avenida do Ciclo e Rua da Estação, na vizinha Fradelos.
O presidente desta autarquia salienta, na exposição à Agência do Ambiente ‘a perda de qualidade de vida’ e o ‘defraudar das expectativas dos habitantes, criadas ao longo dos anos com a construção de habitações’.
Nesta freguesia, a junta reclama também da RAVE informações sobre o encaminhamento que será dado a três linhas de água que se encontram no caminho da linha de alta velocidade.
O presidente João Martins lembra que a autarquia continua a reivindicar obras de regularização hidráulica que deveriam ter sido feitas na sequência do alargamento do ramal ferroviário Nine-Braga, empreitada concluída em 2004.”
Também poderá consultar esta entrevista em:
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=21150
Segundo sei o Senhor Mesquita Machado não se tem preocupado com as queixas que as várias freguesias tem feito acerca do traçado, e não se mexerá para que algo seja feito. Quando se tem o mesmo presidente de Câmara á 33 anos acontecem destas coisas.
Mas quem votou nele perceberá agora o erro que cometeu.
Cumprimentos.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
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Zona Industrial em Fradelos???.. Esta foi muito boa.
ResponderExcluirAproveitem o TGV. Pode ser a única maneira de Fradelos vir a ter algum reconhecimento.
Cumprimentos
Sim zona industrial! Não a conhece?
ResponderExcluirA única maneira de Fradelos ter algum reconhecimento? Aí está uma boa piada, sim porque se calhar é uma maneira de ajudar Fradelos a desaparecer do mapa, ou será que você pensa que Fradelos vai ter uma estação?
Fradelos tem o seu reconhecimento na imprensa, como já foi postado aqui se calhar não quer é ver mas quanto a isso já não posso fazer nada.
Cumprimentos